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Luis Badilla. Francesco fa scomparire la "Chiesa Universale". Intanto i vescovi presenti al Sinodo sono rimasti zitti #sinodo #sinodalità

Grazie a Luis Badilla per questa utile analisi sulla quasi sparizione di ogni riferimento alla " Chiesa Universale ". Luigi C. ...

martedì 10 dicembre 2024

Giro di vite dei vescovi brasiliani all'uso del Messale Tradizionale #traditioniscustodes

L'attacco alla liturgia tradizionale continua. Sempre peggio.
Questa volta in Brasile.
Sotto l'originale portoghese.
Luigi C.

Brasilia - DF, 21 novembre 2024

V. Rev. Em.
CARDINALI

V. Eccellenze
ARCIVESCOVI E VESCOVI

Rif: Sull'uso del Messale Romano del 1962

Eminenze ed Eccellenze,
Dopo aver consultato e dialogato con il Consiglio Permanente, siamo giunti alle Vostre Eccellenze per darvi alcune linee guida sull'uso in Brasile del Missale Romanum rivisto da Papa Giovanni XXIII nel 1962. Oggi, ciò che regola la possibilità di utilizzare questo Messale è la Lettera Apostolica di Papa Francesco, sotto forma di Motu proprio, Traditionis custodes, pubblicata il 16 luglio 2021, che è stata accompagnata da una lettera indirizzata ai vescovi (cfr. CNBB, Documenti Pontifici, 49).

Secondo questo Motu proprio, l'uso del Messale Romano prima della Riforma Liturgica il diritto del Vescovo diocesano di esercitare la liturgia del Concilio Ecumenico Vaticano II è una concessione, non un diritto. Come custode della Tradizione e promotore dell'unità, il Vescovo diocesano, moderatore e guida della vita liturgica della sua Chiesa particolare (cfr. SC 22 §1-2; IGMR 22; 387; TC, 2), ha solo la competenza esclusiva di autorizzare l'uso del Messale pre-riforma nella sua diocesi, seguendo le direttive della Sede Apostolica e verificando caso per caso, secondo la realtà dei gruppi che già celebrano con quel Messale (cfr. TC, 2).

Questa competenza, tuttavia, non permette il libero utilizzo del Messale di Giovanni XXIII contrario al Messale di Paolo VI. Ogni libro liturgico è vincolante per il Concilio Vaticano II (cfr. Lettera ai Vescovi, pp. 15-16) e non può essere usato come azione parallela o discordante alla sua valida autorità, per non danneggiare la comunione ecclesiale ed esporre la Chiesa al rischio di divisioni (cfr. TC, 3 §1; Lettera ai Vescovi, pp. 14 e 18), implicando sanzioni canoniche (cfr. CDC, canoni 1371 e 1373). Per questo motivo, l'uso di tale Messale può essere concesso solo nelle diocesi che, ad oggi, hanno già gruppi che celebrano con il Messale precedente alla riforma liturgica (cfr. TC, 3 e le condizioni appropriate), e non può essere concesso a nuovi gruppi (cfr. Papa Francesco, Lettera ai Vescovi, p. 20).

Trattandosi di una concessione, cioè del tempo necessario a tali gruppi per tornare al Rito Romano di Paolo VI, è chiaro che va scoraggiata qualsiasi forma di promozione del Vetus Ordo, attività che va nella direzione opposta a quella indicata da Papa Francesco. "Non possiamo tornare a quella forma rituale che i Padri conciliari, cum Petro e sub Petro, sentirono il bisogno di riformare, approvando, sotto la guida dello Spirito e secondo la loro coscienza di pastori, i principi da cui era nata la riforma" (Desiderio Desideravi, 61).

La possibilità di utilizzare il Messale pre-riforma offerto dai papi San Giovanni e San Paolo.

Paolo II e Benedetto XVI, nel tentativo di ricomporre l'unità ecclesiale sulla base della sensibilità liturgica e di evitare il rischio di divisione nella Chiesa, sono stati revocati da Papa Francesco, come egli stesso afferma: "Prendo la ferma decisione di revocare tutte le norme, le istruzioni, le concessioni e le consuetudini che precedono il presente Motu Proprio, e di considerare i libri liturgici promulgati dai santi Pontefici Paolo VI e Giovanni Paolo II, in conformità con i decreti del Concilio Vaticano II, come l'unica espressione della lex orandi del Rito Romano" (Lettera ai Vescovi, p. 18; cfr. CDC, can. 20; TC, 8).
In materia liturgica, la Chiesa particolare deve essere in accordo con la Chiesa universale, che è responsabile della regolamentazione della Sacra Liturgia nella Chiesa (cfr. SC 22 §1), non solo per evitare errori, ma anche per trasmettere l'integrità della fede (cfr. IGMR 397).

Di conseguenza, i libri liturgici, poiché manifestano la preghiera, la vita e la fede della Chiesa, non sono patrimonio di singoli o di un gruppo di fedeli. Spetta quindi alla Conferenza Episcopale, in Assemblea Generale, approvare la traduzione e l'uso di qualsiasi libro liturgico (cfr. CDC, can. 838 §2 e 3).

Ci auguriamo che queste osservazioni siano utili per il vostro discernimento. Insieme alla Commissione episcopale per la liturgia, siamo a vostra disposizione per ulteriori informazioni.

Chiarimento. In unità con la Sede Apostolica, il nostro servizio primario è quello di aiutarvi nella cura e nella promozione della Sacra Liturgia della Chiesa, secondo il rinnovamento voluto dal Concilio Vaticano II sulla base della Costituzione Sacrosanctum Concilium e delle norme da essa emanate.

Fraternamente,

Mons. Jaime Spengler

Arcivescovo dell'arcidiocesi di Porto Alegre - RS

Presidente della CNBB


Dom João Justino de Medeiros Silva

Arcivescovo dell'Arcidiocesi di Goiânia - GO

1° Vicepresidente della CNBB



ORIGINALE PORTOGHESE

Brasília - DF, 21 de novembro de 2024

V. Em.asRev.mas

CARDEAIS

 V. Ex.asRev.mas

ARCEBISPOS E BISPOS

 Ref.: Sobre o uso do Missal Romano de 1962


Eminências e Excelências,

 Após consulta e diálogo com o Conselho Permanente, vimos às V. Excias. para dar-vos algumas orientações acerca do uso no Brasil do MissaleRomanumrevisadopelo Papa João XXIII, em 1962. Na atualidade, o que rege a possibilidade do uso desse Missal é a Carta Apostólica do Papa Francisco, sob a forma de Motu proprio, Traditioniscustodes, publicada no dia 16 de julho de 2021, que fora acompanhada por uma carta endereçada aos bispos (cf. CNBB, Documentos Pontifícios, 49).

Segundo esse Motu proprio, o uso do Missal Romano precedente à Reforma Litúrgica do Concílio Ecumênico Vaticano II é uma concessão, e não um direito. Enquanto guardião da Tradição e promotor da unidade, o Bispo diocesano, moderador e guia da vida litúrgica da sua Igreja particular (cf. SC 22 §1-2; IGMR 22; 387; TC, 2), só tem a exclusiva competência de autorizar o uso do Missal anterior à Reforma na sua diocese, seguindo as diretrizes da Sé Apostólica e verificando caso por caso, de acordo com a realidade dos grupos que já celebram com o referido Missal (cf. TC, 2).

Essa competência, porém, não dá a possibilidade do uso livre do Missal de João XXIII de forma oposta ao Missal de Paulo VI. Todo livro litúrgico tem um caráter vinculante ao Concílio Vaticano II (cf. Carta aos bispos, pp. 15-16) e não pode ser usado como ação paralela ou discordante da válida autoridade do mesmo, para não ferir a comunhão eclesial, expondo a Igreja ao risco de divisões (cf. TC, 3 §1; Carta aos bispos, pp. 14 e18), implicando em sanções canônicas (cf. CDC, cân. 1371 e 1373). Por isso, o uso daquele Missal somente pode ser concedido nas dioceses que, até o presente momento, já possuam grupos que celebrem com o Missal anterior à reforma litúrgica (cf. TC, 3 e as devidas condições), não podendo ser permitido a novos grupos (cf. Papa Francisco, Carta aos bispos, p. 20).

Tratando-se de uma concessão, ou seja, o tempo necessário para tais grupos retornarem ao Rito Romano de Paulo VI, é evidente que deve ser desencorajada qualquer forma de promoção do Vetus Ordo, atividade que está na direção oposta àquela indicada pelo Papa Francisco. “Não podemos voltar àquela forma ritual que os Padres conciliares, cum Petro e sub Petro, sentiram a necessidade de reformar, aprovando, sob a guia do Espírito e segundo a sua consciência de pastores, os princípios dos quais nasceu a reforma” (Desiderio Desideravi, 61).

 A possibilidade do uso do Missal anterior à Reforma oferecida pelos Papas São João Paulo II e Bento XVI, na tentativa de recompor a unidade eclesial a partir da sensibilidade litúrgica e para evitar o risco da divisão na Igreja, foram revogadas pelo Papa Francisco, como afirma: “tomo a firme decisão de revogar todas as normas, as instruções, as concessões e os costumes precedentes ao presente Motu Proprio, e de considerar os livros litúrgicos promulgados pelos santos Pontífices Paulo VI e João Paulo II, em conformidade com os decretos do Concílio Vaticano II, como a única expressão da lexorandido Rito Romano” (Carta aos bispos, p. 18; cf. CDC, cân. 20; TC, 8).

Nas questões litúrgicas, a Igreja particular deve estar de acordo com a Igreja Universal, a quem compete regular a Sagrada Liturgia na Igreja (cf. SC 22 §1), não só para evitar erros, mas também para transmitir a integridade da fé (cf. IGMR 397).

Consequentemente, os livros litúrgicos, por manifestarem a oração, a vida e a fé da Igreja, não são patrimônios de singulares ou de um grupo de fiéis. Cabe, pois, à Conferência Episcopal, em Assembleia Geral, aprovar a tradução e o uso de qualquer livro litúrgico (cf. CDC, cân. 838 §2 e 3).

Esperamos que essas observações possam ser úteis para o vosso discernimento. Junto com a Comissão Episcopal para a Liturgia estamos à disposição para maiores esclarecimentos. Em unidade à Sé Apostólica, o nosso serviço primeiro é ajudá-los no cuidado e na promoção da Sagrada Liturgia da Igreja, segundo a renovação desejada pelo Concílio Vaticano II a partir da Constituição SacrosanctumConciliume das normas dele emanadas.

Fraternalmente,

Dom Jaime Spengler

Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre – RS

Presidente da CNBB

 

Dom João Justino de Medeiros Silva

Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia – GO

1º Vice-Presidente da CNBB

 Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife – PE

2º Vice-Presidente da CNBB


Dom Ricardo Hoepers

Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF

Secretário-Geral da CNBB